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domingo, 10 de novembro de 2013

O desapego real


Esse é um assunto muito controvertido e muitos pensam que é religioso ou uma prova para mostrar a Deus o quanto já evoluímos, mas não é nada disso!
E é tão difícil algumas vezes desapegar devido a fatores muito importantes, mas normalmente invisíveis a quem está tentando progredir da forma mais saudável possível que é o hábito de se ver melhor.
Pode se doar uma roupa que mais gostamos, ficar longe de alguma coisa que amamos fazer, mas e quanto aos eventos que aconteceram e nos prejudicaram no passado e até hoje sentimos algo desconfortável com tais acontecimentos?
Muitas vezes estamos somente de forma física longe das coisas e pessoas, mas nossa mente está girando ainda nos diálogos mentais sem condições de pensar em outra coisa.
E quando achamos que esquecemos e acontece mais um evento que nos faz perceber que é como ver um mesmo filme desastroso e sem final feliz se repetindo em nossa vida?
Deixar o passado em seu devido lugar é uma coisa para os corajosos, pois vai precisar usar da ferramenta da coragem para encarar o que pode está até escondido do olho comum, embaixo de uma pedra ou dentro de um armário emocional  fermentando e estaremos nos iludindo se acreditamos que se foi o evento, como forma de proteção, e essa atitude de bravura  da visão de si não é para todo mundo.
Desapegar-se dos eventos não precisa ser uma coisa dura, ou punitiva, ou forçada e obrigatoriamente dolorida ou que requeira um esforço extremo com repetições de técnicas que muitas vezes somos vencidos no cansaço justamente por ainda não aceitarmos deixar tudo isso para trás ou por injustiça, ou por medo, ou por qualquer forma de dor ou ferida que aconteceram e que se mantêm por tais situações.
É só identificar seus desconfortos emocionais relacionados aos eventos não digeridos e usar a EFT de onde você está emocionalmente, exatamente como se sente hoje ainda com esses eventos e tudo vai mudando de figura sem esforço, mesmo na autoaplicação.
Sem falar das vantagens de se ficar com o sofrimento. Nossa! Esse assunto é muito forte hoje!
Bom, seguem algumas vantagens de se manter o passado dolorido regendo nossa escritura vibracional mesmo que aparentemente não queiramos:
1-      Recebemos ou atraímos atenção: uma pessoa ferida, machucada e que sofre tem sempre alguma forma de amor que ela recebe por isso e com certeza é muito bom receber amor, mas considero isso uma forma de chantagem, pois não estamos emitindo nada que contribua com a vibração de bem estar do planeta.
2-      Sentimo-nos acolhidos: o acolhimento pelo semelhante que também tem algum tipo de sofrimento idêntico não modifica em nada o que nos aconteceu, só nos faz agirmos como vampiros emocionais, retroalimentando a dor nossa, através da dor do outro e para alguns essa atitude é confundida com compaixão, mas o sentido real de compaixão e entender que cada um faz o que pode, inclusive quem nos fez o que chamamos de mal.
3-      Recebemos amor: mas será que o amor que queremos do outro não é aquele que não damos a nós mesmos, como nosso direito divino natural¿ Muitas vezes estamos deixando de nos dar amor quando não nos olhamos com olhos reais e mantemos as camuflagens sobre nossa vibração só para continuar nessa simbiose vampiresca, que o coitadinho precisa de ajuda. Claro que é bom receber amor de outros, mas não somente quando estamos sofrendo, mas em primeiro lugar ser amor conosco através da atenção que nos damos e pelas leis da atração, criarmos escritura para receber muito mais que migalhas de amor e sim abundância de fato. Chantagem emocional não está com nada mesmo.
4-      Não se sente sozinho: o ser humano é feito para primeiro fazer companhia para si mesmo, se vendo se sentindo, se respeitando nos seus limites e tudo isso sem julgar, e depois tem habilidade de aplicar o que já exercita em sim com os outros, para trocas e vivências ainda maiores e mais profundas de bem estar e desenvolvimento de sabedoria. Se a bandeira da pessoa, o que ela grita aos 4 ventos, é que ela se sente sozinha, está na hora de fazer o exercício do urso, onde se abraça esse boneco e diz que se ama se aceita e que vai estar sempre do seu lado indiferente da decisão tomada.
5-      Não vai se reconhecer: é tanto tempo agindo assim dependente de processar essas emoções e da atenção dos outros que tem medo de não se sentir como sendo o que é, achando-se estranho consigo mesmo, sentindo previamente um total desconhecido de si mesmo. Na verdade não nos conhecemos e nunca nos conheceremos integralmente, pois temos muito a explorar em nossa potencialidade pura. Isso significa que somos seres incertos, vivendo e convivendo com a incerteza como processo natural em nossas vidas. Tudo é novo, inclusive a nova conta de ar que entra em nossos pulmões.
6-      Não vai se sentir aceito pelos que ama e admira se mudar seu jeito de ser e reagir em relação ao passado: todo mundo gosta de gente nutritiva, de bem com a vida, feliz com as oportunidades que está recebendo da vida para experimentar seu potencial cada dia mais, mas não significa também que precisa ficar agradando os outros com caras e bocas para ser aceito e receber com isso o reconhecimento que faz parte de um grupo X. A aceitação, sempre, primeiro parte de nós e o resto é só reflexo de como nos sentimos conosco.
7-      Medo de se sentir contraditório, ou frágil, ou que não é de confiança quando começar a mudar seu ponto de vista com relação ao passado doloroso: se você está se julgando assim e não está mais no seu momento de agir dessa maneira consigo, o desconforto vai ser criado no mundo que lhe rodeia e vai lhe trazer um sentimento de se sentir um erro que é sinônimo da expressão relacionada a se sentir uma vergonha, um vexame, uma contradição. O juiz interno pode ser muito forte nessa hora só para impedir seu sofrimento novamente, pois já houve momentos em que se sentiu vergonhoso, através do que é considerado impropriedade, inadequação sua. Lembra que cada um faz sempre o que pode, nem mais nem menos. A vergonha do que se fez ou é somente um ponto de vista que pode ser mudado a qualquer momento, pois o amor incondicional por si é e pode ser desenvolvido e aplicado para o nosso mais auto bem como direito divino natural e isso está sempre ao alcance de uma escolha vibracional, que nos leva a tantas outras que acabam redirecionando nosso barco chamado vida.
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