Depois de começar a ter dias atribulados e divididos entre o trabalho de repórter e a família, Dorothy, se sentindo emocionalmente e fisicamente esgotada, é obrigada a se confrontar com a culpa de ter deixado seu filho recém-nascido morrer sufocado em um carro fechado na frente de casa, em um final de tarde, na cidade onde morava com o marido. Em choque, fica catatônica, como que em um mundo distante, que nem seu esposo conseguiu alcançar, sua família chega à conclusão que, em recomendação clínica, é interessante fazer uma terapia doméstica alternativa de manutenção de um bebê “reborn” em rotinas domésticas naturais e acabam buscando uma babá para ajudar a mãe enquanto estivesse de volta ao trabalho, que tanto adorava fazer. Parecia uma pessoa perfeita e em poucos dias, magicamente o bebê de brinquedo vira real e todos aceitam estranhamente, o marido pela culpa do distanciamento pelo trabalho de chef, o irmão por se sentir egoísta, indo buscar somente o prazer pessoal no lugar de ajudar a irmã que já o havia solicitado em prantos por suporte emocional e a secretária escolhida cheia de rejeição dos pais e em busca de alguém que pudesse lhe dar amor não recebido na infância, se envolve com a família de tal maneira, fazendo a mesma ser o centro da sua vida, acabando por agir sem escrúpulos para se manter viva em um ambiente que parecia querer seu fim a todo custo. Essa é a trama central da série mais polêmica criada pelo diretor indiano, em 4 temporadas, exclusiva da appleTV.
Nessa culpa que cada familiar envolvido sentia, deixaram entrar em suas vidas uma pessoa cheia de carências e ausência de escrúpulos, que já era obcecada pela busca do amor familiar, somente esperando o momento certo para agir e se infiltrar no lar alvo. Por autossabotagem pela culpa, todos acabam se acomodando com as situações estranhas que acontecem pela casa como rachaduras, infiltrações, vazamentos, problemas com insetos dentro e fora de casa e ataques de animais, tudo isso sinalizando que a situação estava necessitando um novo ponto de vista sobre o infortúnio ocorrido há menos de um ano. Tudo velado pela culpa e a autopunição e a única saída aceitável de ser mantida.
E os eventos catastróficos foram se acumulando e ficando maiores e mais graves que, foi quando a grande tempestade sem fim se instalou na cidade, que veio para mostrar a necessidade urgente de perceberem a origem de tudo isso e a tomada de atitude de se permitir seguir apesar da desgraça familiar que se assolou, onde tais atitudes se demonstraram inevitáveis.
Foi quando, depois de um ataque de fúria ao perceber o que tinha feito com o próprio filho, Dorothy se dá conta o quanto que é importante se perdoar através de conceder o perdão a cuidadora como forma de se permitir seguir, sem rancor, pois não tinha como voltar ao passado e modificar os infortúnios.
Já a babá nunca se perdoa por seus crimes e decide aplicar a pior punição conhecida por si, ditada pela igreja que ela frequentava até começar a trabalhar pela família.
Claro que ninguém precisa passar por uma situação assim para poder se livrar da culpa e transformar em responsabilidade, onde pode sair do sistema da autossabotagem, para usar mais produtivamente a própria energia a seu favor ou em suas outras missões de vida, mas essa série mostra muito bem como a culpa é algo destrutivo e facilmente pode nos levar a caminhos e relações tóxicos de vida, com o próprio consentimento.
Recomendo que periodicamente se pergunte sobre o que se culpa e faça EFT, sem julgamentos com as respostas que podem vir com tal questionamento e assim sua vida vai ser mais produtiva e assertiva para si e os que lhe rodeiam.
E você já se pegou se sentindo culpado? E depois de se sentir culpado, já percebeu atitudes de auto sabotagem no seu cotidiano?Comenta aqui também o que gostou do assunto, que crio mais material sobre o tema!