Olá hoje finalmente vi o filme os
miseráveis e achei bem interessante. Na época em que foi lançado eu estava fora
do país e meu marido não quis ir ver junto comigo, e acredito que não era o
momento, porque já tinha tido uma cota
muito poderosa de filmes marcantes durante as férias, com muito para ser extraído
e mais as férias cheias de novidades e tudo mais que sair da rotina pode nos
proporcionar, não é mesmo?
Mas voltando ao assunto do filme,
eu pensei que ia ser deprimente, mas como concorreu ao Oscar desse ano, achei
interessante assistir para encontrar alguma moral da história para mim e quem
sabe para quem lê esse artigo.
Tudo se passa na França, nos anos
que ficam ao redor da revolução francesa, quando as pessoas se sentiam
injustiçadas e eram presas por muitos anos pelas poucas condições alimentícias
e eram forçados a trabalho escravo e desumano. Existiam as leis , os que
cumpriam, os que faziam com que as mesmas fosse obedecidas e tudo isso foi
criando uma cota de insatisfação coletiva que culminou com a revolução
francesa, quase 30 anos após o início da narrativa do filme.
O primeiro momento que me chamou
muita atenção no filme foi o desejo de muitos que culminou com a criação de
líderes que realizaram a revolução, mostrando que o desejo de muitos com foco
de mudança, gera a mudança, mesmo que seja, algumas vezes em fortes conflitos.
Esse desejo coletivo em não ser mais subjugado pela lei injusta existente na
França com que até nobres se rebelassem a favor da liberdade, igualdade e
fraternidade.
Uma das coisas que dividia as forças da
revolução era o medo que a sociedade em geral tinha da autoridade armada
vigente, a qual não media esforços para manter a ordem mesmo com a morte de
muitos. E para mim, foi um dos sistemas sabotadores da perda de tantos homens
durante essa guerra.
A revolução francesa foi só o
pano de fundo para que o protagonista ex-presidiário, por um ato de bondade de
um padre, conseguisse refazer sua vida, e mesmos sabendo que havia roubado pão,
pois seus familiares estavam com fome e por isso tinha sido preso, carregava
uma culpa por não ter cumprido sua condicional perpétua, fugindo com tudo o que
o padre havia lhe dado para refazer sua vida. Mais uma vez a culpa por não
seguir as leis mesmo sabendo que elas estavam inadequadas, devido ao fato de
terem uma severidade extrema quando aplicadas, faziam com que o condenado fugitivo
sempre tivesse em seu encalço o algoz que não o conhecia, mas tinha uma
sensação que já o conhecia de algum lugar.
E onde quer que o ex-condenado
fosse, de alguma maneira, reencontrava-se com seu perseguidor, pois o motivo
principal era seu juiz interno lhe condenando por não seguir a lei e por isso
achava-se merecedor de punição nas entrelinhas.
Quando o ex-presidiário liberta
no meio da revolução o algoz e o deixa ir dizendo que não era mais culpado de
sua punição e perseguição, quando o mesmo o reencontra não consegue mata-lo nem
leva-lo preso por isso e então é como se a culpa fosse assumida pelo militar
que tira a própria vida por não ter coragem de cumprir uma lei sem propósito
real de recuperação dos considerados réus.
Eram momentos sombrios franceses
que incentivavam também o drama nas vidas de cada integrante da trama.
Uma última parte que me chamou
atenção, foi o caso da menina que vivia em uma estalagem, pois a mãe havia
morrido de doença desconhecida, mas sempre tinha em mente um lugar onde ela ia
quando dormia, onde recebia amor e sentia esse amor como sendo real,
mencionando que tocava essa mulher que abraçava e dizia que a amava muito e era
o que a fazia suportar toda a exploração praticada pelos donos da estalagem.
Até o dia em que é encontrada pelo ex-presidiário o qual lhe oferece uma vida
de onde seria seu pai e sua mãe e no final encontra-se e casa-se com seu
verdadeiro amor.
A técnica que a menina usou foi a
de sentir como se já tivesse e por isso foi a única criança que saiu das condições
subumanas para ter uma vida que sua vibração havia escrito e confirmado com
seus desejos expressos em seus sonhos, com as sensações de felicidade e
contentamento acompanhando tais desejos.
Para mim, não importam os tempos
considerados bicudos, o que importa é como transformamos nosso limões em
limonadas ou em tempero de salada. E você como tempera seu dia, seus desejos e
direciona sua vibração?Fica aqui a reflexão!
Rico dia para você!