Há alguns dias atrás estava vendo
uma mesatenista jogando sem uma das mãos e um pedaço do braço nas olimpíadas de
2012 e isso me fez lembrar o quanto o ser humano é rico em poder de adapatação.
Tem o caso também do Andrea Boccelli que é um excelente cantor erudito cego,
que somente começou a cantar depois da perda da visão, descobrindo assim uma
nova possibilidade de viver através da música com amor e alegria. Tem também o
iatista brasileiro Lars Grael, que mesmo sem uma perna voltou a competir pela
vela. Dentro desses jogos olímpicos os casos são incontáveis de autosuperação e
exploração de possibilidades muitas vezes impensadas pela maioria.
Realmente perceber nosso poder de
adaptação como possibilidade para experimentar nossas capacidades é algo
motivador.
Amo minhas capacidades de ação plena
no mundo, mas até quando conhecemos realmente nosso potencial de iteração com o
planeta?Quanto conhecemos realmente nossas plenas capacidades? Quando nos
exigimos um pouco mais, então vemos e reconhecemos que fomos nós quem fizemos
tal tarefa com tanto empenho e isso é maravilhoso!
Que lindo é ver o poder de
autosuperação circulando livremente e em mais da metade do globo terrestre
através dessas competições televisionadas.
As mensagens estão em toda parte
mesmo e muitos podem estar se perguntando como isso pode acontecer conosco
também. Talvez não esteja relacionado a se superar para mostrar aos outros que
pode ir além, mas uma maneira de explorar nosso potencial e curtir esse
processo de deixar fluir o que somos.
Fica sempre a pergunta: será que
estamos experimentando nosso pleno potencial¿ Eu acredito que sempre se pode
mais já que o universo nos exemplifica isso se demonstrando infinito em
possibilidades desde os pequenos detalhes até as coisas mais complexas.
Uma coisa posso dizer se estamos
fazendo essa cota é isso que é possível e isso pode mudar a qualquer momento
desde que haja uma decisão nossa sobre o assunto relacionado a ampliar nossa
visualização de nosso potencial em plena atividade.
Mesmo que não sejamos portador de
nenhuma necessidade especial, sempre temos a liberdade de olhar para trás e ver
que já nos superamos em muito desde nosso primeiros passos dentro dessa vida na
qual fomos gerados inicialmente sem condições de nos suprirmos em nenhum
sentido e mesmo assim fomos evoluindo nos nossos dons básicos até os mais arrojados
nos dias de hoje, pois mesmo caminhando, só nós temos esse jeito de andar. Se
sorrimos, apesar de nosso sorriso, às vezes, se parecer com o sorriso de algum
parente, mas nunca é igual a ninguém. Se mastigamos, somente nós temos as
sensações de como isso acontece em nossa boca.
Observando a nós mesmos dessa
maneira, é possível perceber que somos processos milagrosos de iteração com a
vida e isso ninguém pode tirar de nós. Tudo o que fazemos é realizado de forma
singular, e mesmo que se pareça nunca é igual a nada antes que já existiu ou
existirá. Logo, olhar a si como um processo ímpar não é uma atitude egóica de
supervalorização, pois a mesma é uma ato de comparação, mas uma forma de apreciar
a particularidade de cada um, através do reconhecimento de si mesmo em cada
atitude e sensação.
Somos, por natureza, seres forjados
para a autosuperação em todos os momentos de nossas vidas, mesmo que não
percebamos tal processo.
Desejo a todos grandes momentos de
autopercepção na singularidade que cada um é, e já que conseguiu vir até aqui,
que isso possa ser mais que uma prova desse processo continuado do ser e sim um
estímulo para que possamos seguir pela vida amando o que somos: essa incrível
obra divina em movimento através da experimentação crescente de si!