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quinta-feira, 24 de março de 2011

MENDIGANDO AMOR POR Paulo Franklin


     Amar e ser amado são as maiores necessidades do ser humano. Uma vida sem amor é comparada a uma bela flor trancafiada num quarto escuro: em pouco tempo perecerá por falta do sol. A necessidade do amor nos faz dependentes uns dos outros e nos mostra que a solidão é o prêmio dos covardes, dos que temem a dor e se privam também de experimentar o amor.
     Somos carentes de dar e receber amor, mas não podemos obrigar as pessoas que elas nos amem. O amor é doação e ninguém pode se sentir obrigado a dar amor para alguém. O amor forçado é amor mal amado. O amor livre é amor que constrói pontes e nos leva ao encontro do outro.
     Mendigamos amor quando deixamos de ser quem somos para agradar a alguém que exige que nos tornemos quem ele quer que sejamos. O verdadeiro amor reside no respeito à individualidade do outro. Se o amor é verdadeiro sabe respeitar a individualidade. Sempre que abandonamos nossa casa interior para habitar a casa do outro, estamos de certa forma mendigando amor, deixando de ser aquilo que realmente somos.
     Mendigamos amor quando traímos nossos ideais para abraçar os ideais frustrados de alguém. É como a jovem com futuro promissor que desiste de estudar para viver uma aventura desnaturada com um homem que lhes diz amar.      Quem desiste de sonhar com coisas reais para viver um conto de fadas certamente está também mendigando amor.
     Mendigamos amor quando deixamos de lado as pessoas que nos são especiais para correr atrás de um amor desfigurado, belo por fora, mas pobre por dentro. Há muitos que deixam suas casas e partem em busca das caricaturas do amor que o mundo nos oferece. Confundem prazer com amor, prazer com felicidade. Geralmente abandonamos quem nos ama de verdade e vamos atrás de quem nós vê como objetos. Mais um jeito estranho de mendigar amor.
     Mendigamos amor quando reservamos todo nosso tempo só para a pessoa que dizemos amar. Quem deixa de cuidar de si para cuidar de alguém, mostra que na verdade está precisando mesmo é de cuidados. Desconfie das pessoas que só vivem para ajudar. Atos de caridade são excelentes, mas primeiro precisamos cuidar da nossa casa, para só então ajudarmos o outro a arrumar a sua também. Mendigar amor é ter tempo de sobra para o outro e não ter tempo para si.
     Mendigamos amor quando caímos no desespero por termos sido abandonados por alguém que nos dizia amar e de repente partiu. Não é fácil perder aqueles que amamos, mas é preciso enfrentar a dor, sem fingir que ela não existe. Demoramos a aceitar nossas perdas e por isso sofremos além da conta. Ficar preso a quem quer que seja é o sinal mais visível de que ainda somos pequenos aprendizes na matéria do amor.
     Ninguém merece viver uma vida de miséria. O amor que nos espera é repleto de realização e por isso merece ser encarado de forma madura, consciente e despojado de posses. Comumente vemos pessoas dizendo amar, mas que ainda vivem presas ao ser amado. Não sabem fazer nada senão em virtude do outro. Aprendi com a vida que amar é bom, mas para se amar de verdade é preciso antes avaliar se o que sinto por alguém é amor ou um desejo de posse. Se a resposta for a segunda, preciso admitir que tenho muito a aprender...