O donjuanismo é uma faceta do narcisismo, onde a pessoa se alimenta viciada na
química gerada pelas paixões. E quando a paixão atual perde esta produção
bioquímica, a pessoa vitima o próximo para ter esta química gerada novamente no
corpo, o que lhe traz bem-estar e saciedade temporária, por depender de
estímulos externos para manter esta produção metabólica ativa no corpo.
Vi esta
série espanhola verídica na Netflix e me encantei com a exemplificação de
relacionamento narcisista feminino de donjuanismo e como os parceiros e suas
personalidades se permitiram envolver ou se liberarem dos laços afetivos com a
personagem central da trama, a espanhola Rosa Peral.
No primeiro caso em que
teve, foi quando atraiu seu primeiro marido pela apelação sexual, onde teve sua
filha. Mesmo com seu casamento ativo na frente de seus parentes, nos bastidores,
teve um caso com o primeiro policial, que entendeu bem no começo que ela nunca
iria lagar seu marido por ele e foi literalmente largado pela amante, sem nenhum
arrependimento.
Quando o marido percebe as traições, dá um jeito de encontrar
uma nova parceira e se separa da policial, que parece que vai surtar pelo marido
ter decidido por si, no lugar de viver um relacionamento tóxico. Uma coisa que
sempre estava presente em suas atitudes era que, se se sentia entediada no
relacionamento que tinha, logo dava um jeito de sentir os reflexos da paixão e
sua química, quando se envolvia com um novo relacionamento, cheio no início de
paixão e envolvimento.
Por isto, pouco tempo depois, já estava tendo um novo
caso com outro policial com hábitos tóxicos, fichado por agressão, que
posteriormente se comprova quando provoca e oculta o assassinado de um mendigo,
como desculpa para tentar proteger sua amante de um corte com caco de vidro pelo
morador de rua.
Quando este policial começou a dar mais atenção aos amigos do
que à sua relação, começa a ter um novo caso com um policial casado que deixa
tudo pela amante e decide casar com ela. A protagonista começa a se sentir
entediada com todo o controle do novo marido apaixonado e, no lugar de deixá-lo,
decide provocar um dos amantes, se colocando na posição de vítima e decide que
não aguenta mais ser tão sufocada e controlada, e decidem juntos como eliminar o
cônjuge mais novo.
Como vingança ao primeiro marido por lhe abandonar, tenta incriminá-lo pelo
feito, mas faz o mesmo sofrer até ser provado que não teve ligação com o
assassinato.
Mas quais foram as fraquezas dos subjugados, um até a morte, pela
policial?
Ponto fraco 1: sexualidade e sensualidade. Quando o poder do
encantamento sexual fica mais forte que a razão. Sexo é bom, mas não deve
dominar a pessoa.
Ponto fraco 2: achar que vai mudar o outro, mesmo tendo
conhecido como é e mesmo que não tenha reconhecido como tal no início da relação
por algum subterfúgio do par tóxico. Ponto fraco 3: atrair o semelhante, que
pode gerar até o assassinato de um dos envolvidos, por de mais prazer e maiores
taxas químicas geradas pela paixão.
Ponto fraco 4: dependência emocional de uma
das partes, onde um dos envolvidos no relacionamento já vem com baixa-estima,
falta de amor-próprio, falta de reconhecimento da própria potencialidade
relacional consigo e por isto busca reconhecimento e amor condicionado, com a dedicação extrema ao
outro, bem como controle por medo de perder o par e acaba se tornando uma pessoa
sufocante e dedicada totalmente ao cônjuge, se afastando de amigos e parentes
para se dedicar integralmente a nova família formada.
Vale ver esta minissérie e
me dizer se percebeu mais detalhes sobre esse tipo de relação parasitária
tóxica.
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